Reflexões de uma desocupada.

Mais uma véspera, mais um dia com o facebook, whatsapp, twitter e instagram recheados de mensagens de boas festas...Nada fora do comum. Eu como não gosto de fugir do comum, resolvi mais uma vez gastar meu dedinhos aqui. Como se para mim fosse algo forçado, quero enganar a quem?  Tenho que ser sincera em dizer que não pensei em nada, contudo não me conformaria passar a véspera sem deixar de exercer qualquer pitaco que seja. Mas não um pitaco qualquer.  Natal pra mim sempre foi um dia em que você não importasse como ou porque, tinha que ser mais feliz do que os outros dias. Vai entender a mente da criança, não perguntem-me a razão disso...Nem eu mesma sei. Ou talvez saiba.  Por conta da cultura midiática imposta as crianças, e não vejo como algo errado, o natal parece ser mesmo um dia mágico. O problema é que a magia vai se perdendo conforme o tempo vai passando e você vai vendo que só mais um dia para as pessoas justificarem as bebidas em excesso, e tentarem justificar erros cometido

Acha que não percebo, seus olhares queimando sobre mim... difícil fugir. Suas tentativas de conseguir minha atenção, ainda que com ela ali. Como consegue ser assim?  Não. Não te dou minha mão... se sua boca é dela, então sua mão também a pertence. Assim como sua atenção. Será que não entende?  Eu sei que nossa conexão é forte, sinto isso tanto quanto você... Mas foi a ela quem escolheu, aceite sua escolha. Porque eu já aceitei ou pelo menos tentei.

Poderia ser simples e direta, facilitaria pra mim. Mas sei que não seria assim pra você, a verdade é quem nem perguntar consigo. - O que quer de mim, anjinho?  Você vem com seus carinhos, apegos e diz ser apenas amigo. Contudo gestos e olhares não mentem, sempre sinto que não é só isso. Tento não me apegar, contudo acabo cedendo. Me machuco. - Afinal, o que quer de mim, anjinho?  A dúvida me corrói, e nos desgasta. Sei que percebeu minha mudança, talvez nem imagine o motivo dela. Talvez sim. No fim uma indagação que fica:  -O que quer de mim, anjinho?

Eu não queria... se quer desejava, não pensava até certo ponto. Contudo continuava insistindo, na minha mente, dia após dia, e por mais que tentasse sabia que algum dia iria ceder.  Tão certo quanto 2 e 2 formam 4, chegou, de mansinho, recusei... mas sabia...já sentia. Já doía. E sinceramente me sinto uma fraca, porque ainda não me permito sentir. Porque a barreira ao redor de mim ainda resiste, aos poucos está sendo destruída... leves cortes que já causam grande desespero.  Eu não sei mais o que fazer, como me proteger... Receosa aonde vai dar...Quanto tempo vai demorar para reconstruí-la novamente...Depois de tanto tempo e de novo!  Por que minhas proteções sempre falham?Deveria ser escolha minha...não? Porém a insistência, a maldita insistência, ela sabe exatamente como mexer  com sua desistência.  E como quem cai em sono, apaixonei-me, devagar e gradativo. Tentei lutar em vão, mas minhas forças se foram. Maldita seja Afrodite! Maldito seja Eros! Derrotaram meu exército nos prim

A dor que ele sentiu não foi da queda. Essa, havia sido até libertadora para ele, uma liberdade diferente. Que não podia ser explicada... apenas sentida. Algo que nunca havia sentido antes.  O que doía eram as costas, no exato local onde suas asas ficavam. Brancas, macias e grandes, agora davam lugar a um ferimento preto, como se tivesse sido queimado. Putrefato...feio.  Era de fato um caído, antes ele que tinha a exímia função de guerreiro dos céus. Agora um caído, sujo, marginalizado que não servia para nada além de praticar o mal. Porque era aquilo que os satisfaziam.  Contudo, ele que sempre olhara  para humanidade com olhar de inveja. Homens que podiam sentir coisas que nem o mais sábio dos anjos sabia explicar. Não queria o mal de nenhum deles, queria ser um deles...  Não sabia que direção seguir, andou perdido sem rumo. Ficando ao relento, fome, frio, rejeição...não entendia como os humanos, que tanto admirava, podiam ser tão cruéis.  Já o haviam advertido quanto a isso, ma

-Eu quero falar! -Não quero ouvir! -Meu argumento é o correto! -Nem argumento você tem! -Você está cometendo equívoco! -Não existe equívoco no meu posicionamento! No fim, ninguém conseguiu entender de quem era a razão.

Ele a protegia com sua vida Não era perfeito Contudo o que a entristecia Era que ele esquecia de proteger a si mesmo.

 Eu gosto tanto de você que até prefiro esquecer, melhor assim, deixa ficar perdido no tempo. Como uma Conto de Fadas que jamais se realizaria no mundo real. É bem mais bonito assim, fica somente na cabeça sem ter que atender a alguma responsabilidade.  Pode até parecer fraqueza, contudo não é apenas isso. Medo e fraqueza reunidos...não de me machucar, mas de estragar o vínculo que temos. A alegria que ganho de ter sua amizade, vale mais que qualquer paixão.   E se amanhã tudo der errado, é de minha responsabilidade esquecer, por mais que venha a doer, não se preocupe. Irei sobreviver. O que irei ganhar ou perder, será algo que guardarei comigo.

 Esquecer para a maioria é algo que se faz quando se tem lembrança de algum evento não muito desejado. Andei pensando esses dias -não tão desocupada como de costume *risos*- sobre se Esquecer realmente era só isso.  Esquecer nem sempre se refere a algo ruim. Na verdade, as lembranças são até boas e nos trazem ótimos momentos de nostalgia. O dilema acontece no impacto emocional dessas recordações, ao mesmo tempo que nos trazem de volta alguns sorrisos perdidos, abrem uma cicatriz gradativamente. Como aquela ferida feia que já estava sarando e "sem querer querendo" você arrancou a casca com a unha.  O resultado não poderia ser outro, se não dor e um ocasional sangramento que custa a passar. E não existe analgésico no mundo que alivie aquela dor. Você se arrepende do feito ao tentar estancar o sangramento, demora um pouco mas cessa. Ainda que a dor permaneça...  E por mais que trate com pomada, vez ou outra o feito se repete... entretanto chega um momento que a ferida custa a

  É incrível como a vida é uma coisa e no instante seguinte é outra. Essa é uma fala (adaptada) de Se eu ficar- o filme- que estava assistindo na madrugada de hoje e não pude deixar de me inspirar, principalmente passando por uma fase repleta de metamorfoses, sejam elas de pensamento, corpo, etc. Mas não é de fato incrível, em como a cada segundo tudo se transforma, e se quer percebemos? E quando percebemos já está no ápice e temos a terrível mania de nos surpreender, enquanto sabemos perfeitamente que estamos sujeitos a mudança em uma fração de segundos.  Afinal já afirmava Lavoisier - que não me recordo se era químico ou físico ou ambos- que tudo na natureza se transforma, exemplo mais objetivo a energia mecânica que se transforma em elétrica em nossas lâmpadas. Então já devíamos estar, no mínimo, esperando as surpresas do destino sem dizer um "ai". Até porque prontos nunca iremos estar, ao não ser que você seja um X-Men agraciado com a mutação de Clarividência, então po

 Sei lá...  tudo estava estranho de novo... Como se nada realmente tivesse acontecido. Na verdade a situação havia piorado e me vi tendo que reprimir meus sentimentos. Por um momento pensei que fosse meu tempo, falta de conciliação na agenda, enfim motivos superficiais do dia a dia. Entretanto a constante falta de comunicação que aumenta esse abismo entre nós, faz-me pensar e até aceitar que acabou. Contudo volto atrás e penso nos processos por quais passamos e minha mente mergulha em meio a confusão. Afinal como algo pode acabar sem começar?  A razão me convence a sentar e dialogar, a emoção me seduz a esquecer e me entregar a deliciosa panela de brigadeiro e uma maratona de "Friends". Porém eu tinha que gostar de desafios escutando a razão, encarando o momento em que por mais que tivesse o discurso pronto e ensaiado, com colas dele no braço inclusive, ainda sim palavras me faltassem e coragem sumisse em velocidade da luz. Poderia muito bem fugir, como acredito que você est

  Não é novidade a ninguém que esses dias celebramos o dia do amigo, e como qualquer pessoa normal celebrei o mesmo, conforme possível. Nada de extrema relevância, mas como não consigo ser alguém normal e deixar que certas datas passem sem que expresse minha opinião acerca de determinados eventos. E o dia do Amigo não conseguiu fugir de meus questionamentos, resultado de um dia de ócio (não que isso interesse a alguém). Enfim, por que as amizades na nossa atual geração (no caso a minha, aquela do final dos anos 90) não consegue durar anos?   Se fosse a alguns anos atrás, poderia até usar a justificativa de falta de recursos, no caso da distância. Mas até mesmo a alguns anos atrás existia telefone, a única desculpa viável seria a conta. Hoje a nossa tecnologia facilita de forma demasiada a comunicação... Então por que não conseguimos na maioria das vezes o feito de nossos antepassados? A tecnologia pode ter avançado - graças a Deus por isso - porém nós tornamos cada vez mais individual

Ela é cheia de indagações, principalmente acerca de assuntos que aceleram seus batimentos. Mas as suas perguntas não são as comuns, do tipo: "Ele prefere quando estou assim?" e até mesmo "Falei besteira?' Porque já conhece o que ele sente. Ainda que mantenha um certo mistério, ela sente seus olhares e percebe suas expressões corporais. Suas dúvidas vão além, talvez nem tão além assim.Todos os dias, a mesma pergunta, ecoa dentro de si, como um lembrete: "Será realmente a escolha certa?" Seguida de outra: " Conseguirei resposta sem me machucar?"  Então percebe que só o tempo será capaz de responder, Agora como reagirá a reposta, é outra questão que também cabe a ela esperar. Entenda que a vida é feita de merdas, então vamos nos lambuzar.

Tentando entender o que tem de tão especial em você que consegue arrancar sorrisos e risos tão bobos de mim, suspiros longos e lentos, além da crise existencial inacabável, xingando a mim mesma por não tomar certas atitudes. Que poder é esse que faz minhas pernas tremerem mais que em dia de alongamento, minhas mãos soarem além do que minha hiper sudorese permite. Sem falar no olhar que me envergonha mais que se rissem de mim. E o sorriso mais marcante que me faz sorrir involuntariamente. Na verdade nada demais você tem, além do que a perspectiva que uma apaixonada lhe atribuí e fica por aí falando maluquices que não convém. Se perdendo em pensamentos e planejando futuros tão incertos. Por mais que ela tente e afirma que não, o coração é teimoso e expulsa a razão.

   O problema dela é que gasta os poucos neurônios na doce ilusão do que "poderia ser". Se apega ao prazer da dúvida de forma obsessiva e doente. Entrega-se de corpo e alma aos prazeres do inconsciente, qualquer pintor surrealista ou psicanalista adoraria visitar sua mente. Pobre adolescente, masoquista ao ponto de nunca deixar os cortes cicatrizarem, a cada xingamento mental, o corte se abre novamente e a lágrima escorre melancólica. De forma salgada e ao mesmo tempo doce. Mas agradece a ele mentalmente, por lhe render as belas belas inspirações e composições. As lágrimas podem se recusar a cair, porém o lápis...Ah, o lápis! O seu melhor amigo e consolador, com seu fiel companheiro papel, trazem a face desgostosa da menina, seu sorriso mais belo. Ela logo ri de suas burradas e diz: Não me importo mais, o que tiver de ser...será!

     Torturados pelo absoluto silêncio do filme sem áudio da Mafalda.Enquanto uns finjem assistir e outros viajam, resolvo escrever. Porque é o que me resta em pleno ócio, confinada nessa sala fria.       Embora seja cutucar a pelo garoto de cabelo grande que está sentado atrás de mim, tento produzir algo bom. Mesmo que o que senta ao meu lado tente me fazer errar.        Diante da atual situação,  nem mesmo o ócio conseguiu me inspirar, o tempo se recusa a passar. Eu aqui me perguntando... por que essa aula é tão eterna?

   Há coisas que não se pode explicar    Apenas sentir    E essas são em maioria    As coisas que nos fazem sorrir    E viver os melhores momentos da vida.

      Você fica aparecendo em meu sonhos. O que quer comigo? Há tempos que não te vejo e muito menos falo com você. Por que fica me atormentando?!      O pior é que parece ser tão real, não sabe como é bom te reencontrar velho amigo. Mas quando acordo, tudo não passou de um sonho. Meu cérebro se recusa a entender e resolve me importunar com lembranças suas.     De imediato uma onde de nostalgia me consome, lembro de quando sentava na cadeira ao lado da minha na escola. As risadas que compartilhá vamos,  das broncas que me dava por ser idiota, dos deveres de casa que te emprestava, de quando ficava sem falar com você por não me dar atenção o suficiente ou por ficar babando a gostosa da sala.     Todavia nos afastamos, até hoje tento entender. Não venha com a desculpa que foi porque mudou de escola, alguma coisa aconteceu... Tanto que nossas longínquas conversas diminuíram para "Oi, tudo bem?" e "Tchau.", gradativo como quando ficamos amigos.     Sinto muita sauda

     Esqueci você, de fato... esqueci. Mas não venha falar ou me ver, porque assim lembrarei de você. Todo o trabalho que tive para te esquecer terá sido em vão. Porque só de sentir sua presença, em questão de segundos tudo vem à tona.      Não me venha com essa de amigos, sabe muito bem que não vai funcionar. Vai vir novamente com falsas promessas e a boba vai acreditar. Por mais que te esqueça, é impossível apagar uma cicatriz, principalmente uma grande.      Todavia aprendi a lidar com essa cicatriz, quando olho pra ela me vem à lembrança os bons momentos. Não quero você de volta, apesar de sentir saudade... aprendi a não ter você. Logo irá aprender a fazer isso também.     Esqueci você, faça um favor e me esqueça também.