Todos os dias, o 7 a 1.

  Era mais um dia de convocação, estava ansioso, como todas as vezes. É engraçado porque, por mais famoso que nos tornemos, por mais habitual aquilo fique, sempre vai gerar esse frio na barriga. Frio que desde 2014 gela meu coração.
Porque desde então, por conta de uma falha minha, nenhum técnico tem confiado em mim o bastante para me selecionar, no máximo estou de reserva. Como dera sorte na última vez.
   Eu sei que não falhei naquele jogo, mas um fato é que estou me concertando. Essa nova fase em Londres prova isso, contudo me parece que quanto mais me esforço, ninguém parece esquecer o dia fatídico.
   Os 7 a 1.
   Até parece que estava sozinho naquele dia, porque lembro bem de ter 11 jogadores em campo. Os 11 falharam, a culpa não foi somente minha. E da mesma forma que parte desses 11 ganharam uma segunda chance, eu também merecia.
  Ok, também teve a caneta do Suarez, apesar de ter falado pro técnico que conseguiria jogar naquele dia. Mas realmente tenho tentado, todos os dias, dando o máximo... nunca é suficiente.
  Não estou queredo reclamar nem dizer que sou o melhor do mundo, o que estou querendo afirmar é que eu tenho lugar no mundo. E enquanto houverem convocações, vou estar lá. Ou seja, vocês vão ter que me engolir.

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