Obrigado.

   O problema dela é que gasta os poucos neurônios na doce ilusão do que "poderia ser". Se apega ao prazer da dúvida de forma obsessiva e doente. Entrega-se de corpo e alma aos prazeres do inconsciente, qualquer pintor surrealista ou psicanalista adoraria visitar sua mente. Pobre adolescente, masoquista ao ponto de nunca deixar os cortes cicatrizarem, a cada xingamento mental, o corte se abre novamente e a lágrima escorre melancólica. De forma salgada e ao mesmo tempo doce.
Mas agradece a ele mentalmente, por lhe render as belas belas inspirações e composições. As lágrimas podem se recusar a cair, porém o lápis...Ah, o lápis! O seu melhor amigo e consolador, com seu fiel companheiro papel, trazem a face desgostosa da menina, seu sorriso mais belo. Ela logo ri de suas burradas e diz: Não me importo mais, o que tiver de ser...será!

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