Bright-Resenha

Numa Terra cheia de Orcs, fadas parasitas, elfos mais ostentação que muito MC por aí, uma dulpa de policiais se mete em muita confusão devido um artefato mágico que acende a ganância de todas as raças. É isso que Bright, com sua narrativa policial e elementos fantásticos, traz para nós nesse fim de ano. Mas o que esse filme traz de bom mesmo? 
Bom, para começar não só humanos habitam a Terra. Várias criaturas, orcs, elfos e fadas. Como se isso não fosse obstante, cada um deles ocupa um espaço na sociedade. Afinal vivem entre os humanos e o que seria viver entre nós sem um pouco de preconceito não é mesmo? 
Portanto, cada um desses seres representa uma parcela da sociedade atual, oprimida ou não. E isso não vai ser spoiler, é algo que já fica claro no trailer(pelo menos para mim, risos).  Os orcs por exemplo, são a parte pobre da sociedade, tratados como escória a maioria envereda pela vida do crime e vive em guetos. Isso te lembra alguma coisa? O interessante é que tem um deles que resolve fazer a diferença, Jakoby, infelizmente(um dos erros do filme) não deixa claro a origem dele, se torna um policial. E dos bons, dentro do sistema corrompido de Los Angeles. 
É muito interessante a forma como Jakoby é retratado, principalmente na sua relação com Daryl, personagem de Will Smith. O papel social dos dois é invertido, Daryl que é negro, invés de sofrer preconceito racial, o pratica com Jakoby. Este que faz de tudo para fazer um bom trabalho e proteger seu parceiro, sendo até ingênuo em 100% dos momentos. 
Outro grupo que merece destaque são os elfos. Se você tem um pouco de conhecimento em mitologia nórdica, saberá que é uma galera bem nariz empinado e que adora um ouro (Não mais que os anões). Eles habitam a área nobre de Los Angeles, tipo Aldeota sabe? Andam em carros luxuosos, moram em prédios bonitos, e ostentam ricas jóias enquanto acessórios. Ocupam os altos cargos públicos, um dos personagens do filme é agente Federal. Como a galera de Brasília, tem sua parte podre, os Inferni. Um clã de elfo que gosta de tocar o terror com  varinha mágica. O propósito desses carinhas é trazer o Lorde das Trevas de novo. Não, não é o Voldemort. 
É interessante porque enquanto uma parte da cidade sofre e carece das necessidades, a outra ostenta e tenta trazer o mal para o mundo. Ironicamente, parece que os "anjos" de Los Angeles não cuidam tão bem dela assim. O filme se centra nessas questões e aí onde está a sua sacada. Diante de uma narrativa já vista e que pode até parecer manjada, se utiliza de elementos fantásticos para fazer sua denúncia social. E faz isso brilhantemente! 
Claro que ele possui alguns defeitos, algumas coisas que não foram deixadas tão claras. Outras que foram desnecessárias, como as fadas serem tratadas como insetos incômodos! Mas não deixa de ser um bom filme. E ainda com altas referências! Uma das elfas, a Tikka, lembra muito aquela mulher do Quinto Elemento, fora as referências a outros filmes do Will Smith e própria pegada meio anos 80/90. Enfim, é uma boa para ver nas férias. 

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